AULAS PRÁTICO-EXPERIMENTAIS COMO DIDÁTICA POTENCIALIZADORA DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DA NATUREZA: ESTUDO DE CASO EM ESCOLAS DE ARACAJU E SÃO CRISTÓVÃO - SERGIPE
estudo de caso em escolas de Aracaju e São Cristóvão – Sergipe
Resumo
Dentre as possibilidades do trabalho educativo em Ciências concorrem distintas estratégias didáticas no processo de ensino-aprendizagem às quais podem contrapor uma ênfase na exposição teórica dos conteúdos curriculares fornecida pelo(a) professor(a) a uma adoção de atividades teórico-práticas desenvolvidas com os estudantes como estratégia para a aprendizagem científica dos fenômenos socionaturais. Nesse sentido, a presente investigação objetivou averiguar o potencial de aulas práticas-experimentais enquanto caminho para construção de conhecimentos científicos em Ciências da Natureza (Biologia) com estudantes dos anos finais (8º e 9º anos) do Ensino Fundamental da rede pública estadual da Educação Básica de Sergipe. As ações foram realizadas entre os anos letivos de 2018 e 2019 durante os estágios curriculares de Licenciatura Plena em Ciências Biológicas – modalidade à distância (EaD) – da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e participação no Programa de Residência Pedagógica/CAPES e abordaram conteúdos de Citologia e dos Sistemas Digestório, Respiratório e Cardiovascular. Participaram do estudo cerca de 170 estudantes pertencentes a seis turmas, cada professor responsável pela disciplina de Biologia em duas escolas e dois docentes da UFS. A análise qualitativa deste estudo de caso deu-se a partir de teorias psicogenéticas e de pedagogias críticas. A observação da regência de classe de ambos os professores revelou a adesão à pedagogia liberal tradicional via aulas expositivas com suporte da lousa, do livro didático e da resolução de exercícios para fixação de conteúdos; coincidente com os relatos dos estudantes de estarem acostumados a métodos educacionais passivos. Enquanto que os atos educativos praticados, em contrapartida, resultaram em maior participação e envolvimento dos estudantes, o que se atribui ao despertar da curiosidade, interação social e desequilíbrio desafiador em suas “zonas de conforto”. Por fim, sugere-se que práticas e experimentos – simples e de baixo custo como os apresentados – são incontornáveis para a consecussão dos objetivos de ensino em Ciências nas escolas, mesmo que desprovidas de laboratório próprio.
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