NEURODIDÁTICA: O PROCESSO DE APRENDIZAGEM POR TRÁS DE UM CRIME

Palavras-chave: Perícia forense, Ensino de ciências, Funções executivas, Memória, Controle inibitório

Resumo

O ser humano é um investigador por natureza, nascemos com a vontade de descobrir coisas novas e desbravar o mundo, o ambiente e objetos desconhecidos. É com base nessa natureza que propomos usufruir dessa curiosidade em sala de aula para despertar as funções cerebrais necessárias para o processo de aprendizagem utilizando como fonte preliminar a simulação de uma perícia criminal. Foi desenvolvida uma pesquisa-ação, com uma turma de 3° ano de ensino médio em uma escola Estadual no município de Vitória da Conquista, em 2022. Para isso, centramos na seguinte questão: De qual maneira a simulação de uma perícia forense pode atuar como dispositivo neurodidático? Cujo objetivo é identificar quais as funções cerebrais são desenvolvidas durante uma simulação de perícia forense para o desenvolvimento da aprendizagem. Observou-se que essa metodologia proporcionou um entrelaçamento das funções executivas: memória operacional, controle inibitório e flexibilidade cognitiva que juntas constroem uma aprendizagem sólida, rápida, efetiva e motivadora. Assim, infere-se que independente da área de ensino, para alcançar essas funções, as estratégias didáticas propostas pelos professores necessitam despertar o desejo, interesse e motivação dos aprendizes, manter a atenção durante toda a aula, relacioná-los emocionalmente e exigir dos discentes a resolução de problemas e tomadas de decisões.

Biografia do Autor

Shirley Nascimento, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Neuroeducadora Mestranda em Ensino de ciências e matemática, UESB Especialista em sexualidade https://orcid.org/0000-0003-3439-2711   https://lattes.cnpq.br/4430437798581506 
Publicado
2023-12-18