PARA QUEM É EXITOSA AS AULAS TRADICIONAIS NA RECONSTRUÇÃO DE MODELOS MENTAIS DE CÉLULAS? UM ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA DE NOVA FRIBURGO, RJ

For who are traditional classes successful in reconstructing mental models of cells? A case study with high school students in a school in Nova Friburgo, RJ

  • Juliana Gomes Teixeira da Silva UERJ/CEDERJ
  • Anderson dos Santos Portugal UERJ/CEDERJ - PMA https://orcid.org/0000-0003-3381-1566
  • Maycon Saviole da Costa UERJ/CEDERJ
  • Bruno Fernandes da Costa UERJ/CEDERJ
Palavras-chave: Ensino de Ciências, Conceito de célula, Modelos mentais, Modelo didático

Resumo

O objetivo principal deste trabalho é averiguar o uso de modelos mentais de células e suas representações por alunos do segundo ano do ensino médio em uma escola pública em Nova Friburgo, e se, a partir de uma aula expositiva tradicional, estes modelos se perpetuam ou há reconstrução dos modelos mentais. Analisou-se as respostas para uma pergunta sobre o conceito de célula e modelos de célula expressos por desenhos ou massa de modelar antes e após uma sequência didática tradicional. Os resultados após a intervenção pedagógica demonstraram aumento da quantidade de alunos que chegaram mais próximo ao conceito de célula completo, porém a maioria ainda apresentou o conceito de forma equivocada. Os alunos tiveram acesso aos termos científicos, mas demonstraram não apreender o significado. Quando comparados os termos científicos às representações, pôde-se perceber que após a intervenção didática houve redução dos alunos que optaram por usar a massa de modelar. Esse decréscimo foi influenciado pelos materiais utilizados, que priorizavam representações planares de células, desestimulando os alunos a uma ação criativa e valorizando a memorização. Nota-se que a aula tradicional não funciona quando mal aplicada. Os resultados obtidos entre o antes e o depois da aula podem gerar memorização temporária dos alunos. O professor deve levar em conta que a desconstrução de modelos equivocados e aperfeiçoamento dos modelos mentais de célula não é sinônimo de fracasso. Promover ressignificação do erro pode ter impacto positivo na trajetória do estudante e na prática docente do professor.

Biografia do Autor

Anderson dos Santos Portugal, UERJ/CEDERJ - PMA

Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2008) e mestre em Biologia
Vegetal pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). Doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pelo
Museu Nacional do Rio de Janeiro (UFRJ). Bolsista do Centro de Educação a Distância do Estado de Rio de
Janeiro (UERJ/CEDERJ - Polo Magé)  atuando como tutor presencial desde 2012. Professor do
ensino básico da Prefeitura Municipal de Araruama – PMA. Colaborador do laboratório de biodiversidade (NUPEC) – UERJ/FFP.

Publicado
2024-04-28