JARDIM DE SENSAÇÕES COMO PRÁTICA INCLUSIVA NO ENSINO DE BOTÂNICA PARA ALUNOS DE ENSINO MÉDIO

Feeling garden as inclusive practice in botany tutorship for high school students

  • Jéssica Oliveira Chaves
  • Régia Maria Reis Gualter
  • Lourhana dos Santos Oliveira
Palavras-chave: Ensino de Botânica, Alunos cegos e videntes, Aprendizagem Significativa

Resumo

A Botânica é um dos assuntos trabalhados nas aulas de Ciências que apresenta uma diversidade de termos científicos, teorias, onde trabalhar esses assuntos com alunos de ensino médio torna-se um desafio, especialmente para alunos cegos. O ensino de Botânica, descrito basicamente através dos livros didáticos, ainda provoca muitas dúvidas aos alunos, pois são assuntos vistos de forma abstrata e memorística, dificultando a aprendizagem durante as aulas ministradas. Nesse sentido, o presente estudo objetivou a produção de um jardim de sensações com alunos cegos e videntes para dinamizar o assunto de morfologia vegetal presente nos assuntos de botânica e promover, aos partícipes da comunidade escolar, medidas inclusivas aos alunos cegos presentes na instituição de ensino. O trabalho foi realizado no Instituto Federal do Maranhão-Campus Caxias, nas turmas de Informática A e B do ensino médio, as quais apresentavam alunos cegos. Inicialmente foram ministradas aulas sobre célula vegetal, tecido vegetal e ciclos reprodutivos vegetais e em seguida foi elaborado um jardim de sensações no Laboratório de Biologia da escola, simulando uma trilha com diversidade de vegetais com texturas e tamanhos diferenciados, além dos pisos diversificados. Em seguida foi aplicado um questionário de pós-pesquisa para análises dos dados adquiridos com a metodologia utilizada. Os resultados obtidos demonstram que o uso do espaço não-formal para a aula de botânica auxilia em um melhor entendimento sobre o assunto ministrado. A utilização do jardim é um método dinamizador e esclarecedor de ensino que docentes necessitam inserir em suas atividades pedagógicas, buscando suprir suas dificuldades diante da inclusão escolar. Esse estudo conclui que o uso do jardim é um método eficaz para a educação especial e capaz de estimular alunos cegos e videntes a utilizar seus diferentes sentidos para aprender os conhecimentos sobre botânica de forma prática e dinâmica, e promovendo aos professores meios que podem facilitar o ensino em sala de aula e incentivar medidas inclusivas no âmbito escolar.

Publicado
2020-08-11